BANDEIRA DE ANCHIETA
Segundo relatos das pessoas da década de 90, época em que nossa Bandeira foi formulada e período de grande importância no processo de cantificação do Padre Anchieta. Nessa época Anchieta começava economicamente ter uma grande visibilidade no Estado, Brasil e Mundo.
Os fatores da economia foram importantes para o desenvolvimento do pavilhão. Anchieta possui Bandeira e Brasão, falta a institucionalizar seu próprio hino.
EXPLICAÇÃO DA BANDEIRA, EM PALAVRAS POPULARES:
- O verde significa nossas matas. Como sabemos no período de aldeia até a chegada dos imigrantes tínhamos uma riqueza muito grande em mata atlântica e água.
- O vermelho tem vários sentidos. Para muitos significa a força de nosso povo, a riqueza de nossa terra. Outros comparam a chegada dos imigrantes, sua influência para nosso povo, já que o vermelho e o verde são as cores da imigração. Outros comentam sobre o sofrimento que o povo teve na formulação de nossa cidade, dos índios aos dias atuais.
- O branco significa o futuro, o que escrevemos em nossa história, a esperança de dias melhores.
- Os ramos de cana, café e trigo, significam nossa agricultura à produção de nosso povo. Um fator que chamou a atenção foi a bandeira não marcar a pesca, uma atividade que avançou com o tempo, pois aprendemos esta atividade com nossos antepassados indígenas.
Fonte: Jeferson Mulinari e Silva – historiador
BRASÃO DE ARMAS DO MUNICÍPIO DE ANCHIETA
SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DA HERÁLDICA CÍVICA
CORONA
Institui uma coroa cívica, como distintivo demonstrativo do atributo de divisão política em distritos do município, portanto uma coroa mural, usada desde os tempos imemoriais na tradição da heráldica romana representando as marcas da territorialidade e emancipação política no sentido mais profundo da estética hierárquica do direito político romano. A coroa é em jalme ornada com pérolas, conchas de ostras e plumas.
CONCHAS
Sendo estas em numero de 05, apresentam-se 03 frontais ou centrais e 02 nas extremidades, uma a destra e outra a sinistra do aro ou base. Ostenta cada concha uma pérola central cada, elemento na sua própria cor. Recomenda-se sempre não fugir aos rigores da primeira lei heráldica, que dispõe sobre a proibição da mesma cor ou metal sobre a si mesma, portanto faz-se saber que as pérolas tenham um tom de cinza azulado mais intenso que as conchas cinza rosado.
PLUMAS
Assim o guará, ave de plumagem em goles muito abundante no século XVI nesta região, é o papagaio de topete em goles, encontrado ainda que raramente no coração do município, ou seja, na Ilha dos Papagaios, de nome psitacídeo rodocoríta amazon, a ave símbolo da milenar, Rerigtiba, aldeia primeira que originou esta cidade. Desta ave, extraímos 04 plumas, cujas características são a veracidade em cores, da base a quase sua totalidade são sinopla, trazendo as extremidades vestidas em jalne, finalizando em goles. Representam a divisão territorial em 04 distritos.
LISTEL
Vem o Listel portanto na sua cor de fundo em goles, e é debruado em sinopla terminado nas suas extremidades franjando em brocado religioso na sua missão catequética educacional, José de Anchieta personificado em forma de uma estola, paramento litúrgico com que os ministros da Igreja de Roma exercem o oficio de seu credo religioso, por isso o listel parece abraçar todos as partes do brasão de Armas, claramente transmitindo o incomensurável trabalho de abrangências em todas as áreas da cultura nacional no seu nascedouro o século XVI. O listel tem sua origem em seu semicírculo um pouco abaixo do arco posterior da coroa, subindo e o barreando no movimento frente verso do arco posterior desaparecendo atrás do scutum e reaparecendo enlaçando-se sobre 02 suportes ditos inferiores, caindo próximo aos flancos sinistro e dentro do scutum. Próximo ao flanco dentro ostenta o listel a divisa “armas de” e a sinistra próxima ao flanco Anchieta. Sendo o nome primitivo Rerigtiba (lugar das ostras), ou seja, o nome da aldeia milenar que ai se encontrava, é lembrada acima onde o Listel forma um semicírculo, e trás a divisa em prata.
SUPORTES
Há dois pares distintos de suporte em jalme, também ornamentos e primeira grandeza. O suporte superior tem sua origem na extremidade destra do flanco em chefe e morre na outra extremidade do flanco, sinistro em chefe. A sua grandeza é de 1º grau representam a forma de manchete, símbolo este da regalia imperial, com que eram entronizados os reis, honoríficos, a mais autêntica representação do poder real, que foi legado aos chefes de estado pela herança cultural histórica. É o símbolo maior do Poder Executivo.
SUPORTE INFERIOR
Nasce sobre a faixa no flanco destro extinguindo-se sobre a faixa no flanco sinistro, é representada também como uma insígnia do poder, sua origem é a borduna e sua evolução do bastão ao cetro. É essência do Poder Judiciário, do Juízo de Direito.
ORNAMENTAÇÃO DE SEGUNDA GRANDEZA
São as pérolas que ornam ambos os pares de suporte.
SCUTUM
É apresentado harmoniosamente em estado natural sem quebras, puros, limpo, simples, suas atribuições são a posse, o domínio e a soberania ostenta a forma do escudo francês ou clássico, retangular com o bico regular à ponta.
DIVISÕES, PARTICIPACÕES E SOB PARTICIPACÕES DO CAMPO
Uma bordadura de conchas peroladas e pérolas como valores de Segunda grabdeza passantes ou móveis. O campo em goles é vestido por duas ordens de conchas com uma pérola no centro de cada, tendo a formatura natural em 04, sendo portanto 08 em cada canto de chefe, onde sobre a base do centro do chefe, ainda estão na ordem horizontal uma formação de 04 conchas também portando pérolas idênticas as anteriores formando um total de 20 conchas intercaladas por 36 pérolas.
Obs.: Texto retirado do diário de Ronaldo Moreira (Ronaldinho), sobre a descrição da simbologia do Brasão Municipal. Sem adaptações, texto original. Transcrito por Jeferson Mulinari e Silva – Historiador, 2017.